# xxix
Quando olho para trás vejo sobretudo a actualidade, a realidade que chega, o júbilo da presença estabelecida como profecia que se projecta para sustentar-se e realizar-se, como se o tempo estivesse comprometido apenas com a perpetuação, com o instante permanente que se acumula e prolonga a identidade própria, à semelhança de qualquer vício. Tento e falho frequentemente neste fio. Depois tento de novo de modo a que o passado não seja a excitação exausta na actualização, os fracassos compreendidos com consequências que subsistem, depois tento de novo de modo a que o passado seja o mistério que anunciou o que estava para acontecer e aconteceu na sequência de si. O rasto, preciso do rasto para orientar-me.