<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d30818736\x26blogName\x3dO+livro+dos+livros\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://o-livro-dos-livros.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://o-livro-dos-livros.blogspot.com/\x26vt\x3d-8113587172936006675', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
O livro dos livros

Histórias e revisão de histórias, por Eliz B. 

20 fevereiro, 2008


Casos florais

# ii
. Ao passar por certos nadas, para atravessar no sentido de algo que prefiguro incerto ou diferente, como os lugares estrangeiros, as minhas mãos ainda transpiram. Nesses momentos de passagem tento as âncoras possíveis, para evitar afastar-me demasiado daquilo que o trânsito arrasta para trás. Tento recordar o perfume do café moído na loja do fundo da rua, o ruído dos biscoitos embrulhados em pacotes de papel pardo, algumas vozes, algumas faces. Tento o contacto derradeiro com os confortos pequenos que ficaram dentro de casa, para, no movimento que me leva, adiantar-me a sensação de regresso. Vou para poder voltar, com o nome da terra inscrito no corpo e na esperança, dobrado em avesso e em escala que não confesso. Sei que deixei flores frescas na jarra, uma fímbria de mim. E que, do lado de lá, adormecerei entardecida, sem uma página de amor para voltar.

referência

18 fevereiro, 2008


Casos florais

# i
. Ela, depois de tantos dias a esperar por ti, trazes-me uma promessa? Ele, não, trago-te mais do que uma promessa. Ela, estou cansada do jogo em que me jogas, estou cansada em particular dos teus sinais. Ele, uma flor não é um sinal, é o sinal. Ela, as flores murcham. Ele, o que é que isso quer dizer? Ela, o tempo consome as flores, o tempo consome-nos. Ele, sabes?, não foi me possível regressar antes. Ela, mas, antes, foi possível não teres partido; partiste, a decisão foi tua. Ele, pois foi, foi tipo uma aposta, uma aposta de vida. Ela, algo perdeste. Um fio de sangue perseguia-o.

referência

2006/2022 - Eliz B. (danada composta e padecida por © Sérgio Faria).