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O livro dos livros

Histórias e revisão de histórias, por Eliz B. 

12 abril, 2009


O livro das continuações

# xvii


Vozes demasiadas são trovoada. Levanto-me como se só eu pudesse acordar e fosse imperioso fazê-lo. _____ Coisa estranha, agora tenho na cabeça, sinto-os, aqueles efeitos de distorção grossa dos retratos de Lucian Freud. Bem, bem vistas as coisas, não há distorção, há representação. É isso, a representação, o que mais aprecio também no traço preto de Hugo Pratt, nas figuras de Corto Maltese. Parecem vivas, vivas como nós, embora sejam desenhos, desenhos em prancha, em páginas para passar e virar. Às vezes gosto de sonhar acordada, de envolver-me com as personagens de uma aventura do veneziano, de estar ao lado delas, de estar com elas. Qualquer pessoa deve poder viver dentro de uma banda desenhada. Pelo menos algum tempo, não tem de ser a vida inteira. Viver dentro de uma banda desenhada não é uma expressão minha. Repito-a apenas. Ouvi-a ou li-a por aí, não sei onde. Facto que está a inquietar-me. Tenho a obsessão do rigor. Que não é o mesmo que a obsessão da perfeição. O rigor remete para o processo, a perfeição remete para o resultado. Pode atingir-se a perfeição sem rigor, do mesmo modo que com rigor pode atingir-se a imperfeição. Mas, de um modo ou de outro, são maneiras de permitir a continuação, o afastamento, o ritmo. É por aí que vou.


2006/2022 - Eliz B. (danada composta e padecida por © Sérgio Faria).