01 abril, 2007
Acácia, meu amor
# xxvi. Ai, ai, afinal não, não é fome o que sinto, é outra necessidade. É a mesma perturbação, são as mesmas palpitações, isso é certo. Mas este caso não se resolve pela corrida ou pela carne em sangue. A indolência também não me permite aplacá-lo por esses meios. É uma natureza estranha, esta sensação. É um desejo imenso, uma agitação tremenda, como se eu fosse o domicílio da esperança de toda a espécie. Seja o que for, tenho pudor em chamar-lhe paixão. Por isso, vou tentar demorar a preguiça.
2006/2022 - Eliz B. (danada composta e padecida por © Sérgio Faria).