10 dezembro, 2006
Acácia, meu amor
# x. Não sei que dia é hoje. Estou aqui, estou para demorar, embrulhado em languidez, como os amantes se embrulham nos afectos e nas carnes. Estou numa dieta de tempo, indiferente ao cerco. Olho sem olhar, sem vigilância, apenas para dar pose. Este olhar grave e sério, de atenção, é um disfarce que aprendi. Sinceramente, agora pouco releva o que vejo, que é nada. Estou contigo, sobre ti, e, neste instante, é quanto me basta. És quanto me basta. Outro apelo, se chegar, será de dentro de mim. Será apelo de fome, será apelo de carne para carne. Só então correrei.
2006/2022 - Eliz B. (danada composta e padecida por © Sérgio Faria).